Governantes apelam a esforço renovado em Copenhaga

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Posted by Renascença | Posted in , , | Posted on 15:50


Perante os sinais que apontam para o eventual fracasso das negociações na Cimeira de Copenhaga, vários líderes mundiais fizeram apelos a para um redobrado esforço na concretização de um acordo global no quadro das alterações climáticas.

O Primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, sublinhou que a cimeira não pode ser uma oportunidade perdida.“A todas as nações digo: Não é suficiente fazermos o mínimo. A História pede que demos o melhor de nós. Aquilo que podemos atingir juntos é muito mais do que o que podemos atingir sozinhos. Porque, para todos nós e para os nossos filhos não existe interesse maior do que futuro comum deste Palneta.

José Luis Rodriguez Zapatero, chefe do Governo espanhol, defendeu uma “nova era energética” e salientou que será “absurdo” esperar mais por um acordo climático global.

O Primeiro-ministro espanhol pediu “um acordo justo aqui e agora”. (...)Nem os Estados Unidos nem a China podem fugir à sua responsabilidade”.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, acusou as grandes economias emergentes – nomeadamente a China – de fazerem "marcha atrás" na transparência da concretização dos seus compromissos no que respeita às alterações climáticas.

Os Estados Unidos estão prontos a contribuir com 100 mil milhões de dólares (cerca de 69,7 mil milhões de euros) por ano até 2020 no âmbito de um acordo sobre o clima. Sob a condição de que as grandes economias emergentes façam prova de transparência, disse hoje em Copenhaga a secretária de Estado norte-americana.

O Presidente do Brasil considerou que seria "moralmente injustificado" e "politicamente irracional" se interesses "corporativos" de blocos regionais se sobrepusessem ao bem comum na luta contra as alterações climáticas.

Lula da Silva frisou que o seu país chegou a Copenhaga "determinado em obter resultados ambiciosos" de curto, médio e longo prazo na luta contra as alterações climáticas, mas deixou algumas advertências ao grupo dos países desenvolvidos. "A ambição tem de ser partilhada. Não seria politicamente racional, nem moralmente justificado colocar interesses corporativos acima do bem comum das humanidade".

Delegações de 192 países estão reunidas até sexta-feira em Copenhaga naquele que é já considerado o maior e mais importante encontro de sempre sobre o clima. O objectivo é chegar a um consenso em relação a um texto para um acordo legalmente vinculativo, que concretize os objectivos necessários para assegurar que o aquecimento global não será superior a dois graus centígrados em relação à era pré-industrial.
Reportagem audio aqui






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