Termina aqui o acompanhamento da Cimeira de Copenhaga através deste blogue. O Terra à Escuta volta em breve com outro figurino
Posted by Renascença | Posted on 13:05
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Posted by Renascença | Posted on 20:28
Posted by Renascença | Posted in alterações climáticas , comunidade internacional , Copenhaga | Posted on 12:24
“O acordo pode não agradar a todos. Sei que os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento não estão todos satisfeitos, mas acredito que, através do acordo que foi possível, seremos capazes de conseguir tudo aquilo que precisarem”, adiantou, demonstrando alguma esperança de que o combate às alterações climáticas se faça, na prática.
A conferência das Nações Unidas sobre o clima termina, assim, com uma tomada de nota do acordo alcançado na sexta-feira por três dezenas de países, tornando-o assim operacional, mas não vinculativo.
Alden Meyer, director da União dos Cientistas Preocupados, considera que o facto de a conferência "tomar nota" dá “um estatuto jurídico suficiente ao acordo para o tornar operacional, sem ser necessária a aprovação das partes".
O acordo, hoje apresentado aos 193 países membros da conferência é um documento de apenas três páginas, que fixa como objectivo limitar o aquecimento do planeta a dois graus centígrados em relação aos níveis pré-industriais, até ao final do século. Deixa de lado o valor para a redução dos gases com efeito de estufa.
É uma meia-vitória para os Estados Unidos e um fracasso na opinião dos países em desenvolvimento.
Posted by Renascença | Posted in alterações climáticas , comunidade internacional , Copenhaga | Posted on 10:32
Significa isso que a conferência toma nota, regista que houve um acordo, inclui-o na acta, mas não o adopta.
O texto apresentado por Washington teve acordo dos Estados Unidos, da China, do Brasil, da Índia e da África do Sul. Refere apenas a limitação a dois graus centígrados no aumento de temperatura até ao final do século, mas nada diz sobre os meios para atingir este objectivo.
A sessão plenária recomeçou esta manhã e espera-se, ainda esta manhã, a declaração do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon.
Posted by Renascença | Posted in alterações climáticas , comunidade internacional , Copenhaga | Posted on 01:18
- É um acordo político, mas não é juridicamente vinculativo.
- O acordo reconhece a necessidade de limitar o aumento das temperaturas em 2ºC até ao final do século.
- Não apresenta metas de redução de emissões.
- Os países vão ter que apresentar metas escritas para 2012 e 2020, num anexo ao acordo que tem de ser entregue até ao final de Janeiro.
- As nações que chegaram a acordo prometem adaptar legislações nacionais.
- No próximo ano, será criado um grupo de alto nível para definir os mecanismos de financiamento.
- Haverá uma conferência de alto nível sobre o clima daqui a seis meses em Bona, na Alemanha.
- As previsões serão revistas em 2015, depois do próximo relatório do Painel Intergovernamental das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, agendado para 2014.
“É um avanço significativo e sem precedentes, mas há muito trabalho pela frente”, diz Barack Obama.
O anúncio oficial do acordo coube ao Presidente norte-americano. Obama reconhece que, globalmente, o acordo não é suficiente, mas é um primeiro passo.
”Sabemos que estes passos não são por eles próprios suficientes para chegarmos onde queremos chegar em 2050. É por isso que digo que este vai ser um primeiro passo. E haverá aqueles que vão olhar para os compromissos nacionais, compará-los, e dizer que a ciência dita que é preciso fazer mais. O desafio aqui está no facto de que, para muitos países, particularmente os emergentes que estão em diferentes fases desenvolvimento, esta será a primeira vez em que oferecem voluntariamente metas de mitigação.”
Obama explicou ainda de que forma foi construído o entendimento: "Este acordo está estruturado de uma forma que cada nação vai colocar os seus compromissos próprios num anexo ao documento e mostrar especificamente quais as suas intenções. Esses compromissos serão alvo de consulta e análise internacional. Não será legalmente vinculativo, mas vai permitir a cada país mostrar ao mundo o que está a fazer e haverá um sentimento de cada nação de estamos nisto juntos e saberemos quem está a cumprir ou não as obrigações mútuas que foram estabelecidas.”
Poderá estar assim aberta uma porta para que, em 2010, se chegue a um Tratado Internacional sobre o combate às alterações climáticas, que seja legalmente vinculativo. Mas para isso é necessário percorrer ainda um longo caminho. “ Vai requerer ainda mais trabalho e construção de um clima de confiança entre os países emergentes, os menos desenvolvidos e desenvolvidos, antes que vocês possam ver um acordo legalmente vinculativo a ser assinado. Eu penso que é necessário que cheguemos a esse tratado e apoio esses esforços, mas este é um exemplo clássico de uma situação em que, se estivéssemos à espera disso, não faríamos qualquer progresso”, disse Barack Obama.
Reacções Internacionais
Para uns, é um passo em frente no combate às alterações climáticas, para outros é simplesmente um acordo fraco. O Primeiro-ministro português, José Sócrates, afirma que "este acordo, a ser aprovado, representa um passo em frente no combate ao aquecimento global, embora deva dizer que é um passo tímido em relação às expectativas que a União Europeia tinha nesta conferência. Fica portanto aquém das legítimas expectativas com que a União Europeia esteve presente nesta conferência".
Sócrates defende no entanto que "é a primeira vez que há um acordo em torno de um tratado juridicamente vinculativo que abrange todos os países do mundo. Isso é muito significativo e muito importante para todos aqueles para quem a luta contra o aquecimento global deveria englobar todos os países do mundo".
Quanto aos restantes líderes europeus, o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, admite que “o texto que existe não é perfeito”. Angela Merkel, a Chanceler alemã, revela ter “sentimentos contraditórios” sobre o acordo, embora afirme que sempre é melhor dar um passo do que não dar nenhum. E do lado dos países desenvolvidos, o embaixador da delegação brasileira em Copenhaga, Sérgio Serra, fala em desapontamento, mas recusa a ideia de que a cimeira tenha falhado por completo.
O acordo foi o "pior da história", considerou o delegado do Sudão, que preside o G77, que reúne 130 países em desenvolvimento.
"Neste momento, não há acordo", apenas um projecto de declaração que ainda deve ser aprovado pelos 192 países da Convenção Quadro da ONU sobre Alterações Climáticas, realçou Lumumba Stanislas Dia-Ping, lembrando que a China "ainda não se pronunciou oficialmente".
"Se um único país disser não, não teremos acordo e numerosos países já avisaram que vão rejeitá-lo", adiantou o delegado do Sudão, que preside o Grupo dos 77, coligação que integra 130 países em desenvolvimento, entre os quais a China e o Brasil.
Posted by Renascença | Posted in alterações climáticas , comunidade internacional , Copenhaga | Posted on 07:43
A noite foi de negociações, que decorreram a todos os níveis – do negociador técnico ao mais ilustre Primeiro-ministro, passando pelos ministros do Ambiente. O objectivo é anunciar, cerca das 16h00 (15h00 em Lisboa), o acordo, que poderá não passar de uma declaração de intenções de redução de emissões e de financiamento dos países mais pobres.
A grande dúvida é se o documento final será vinculativo e se cumpre o objectivo de conter o aumento da temperatura em dois graus centígrados, como circula nalguns corredores da cimeira. Mas, como diz o tradicional ditado das conferências sobre o clima, nada está acordado sem que tudo esteja fechado.
Protocolo de Quioto deverá continuar em vigor
O atraso dos trabalhos obrigou à inversão do sentido das negociações: os líderes políticos vão fechar um acordo político esta sexta-feira, mas a cimeira deverá prolongar-se, ao nível técnico, de modo a que fiquem concluídos os textos com os pormenores.
“Há opiniões e perspectivas muito divergentes sobre como devemos solucionar o problema. Daremos o nosso melhor até aos últimos minutos desta conferência”, afirma o Primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, acrescentando que “nem há acordo sobre o nome a dar ao texto final – declaração, comunicado, o que for”.
Os textos técnicos irão definir percentagens de emissões a reduzir, prazos, formas de verificação e valores concretos da ajuda financeira – a proposta mais forte em cima da mesa fala num fundo de 100 mil milhões de dólares por ano, com participação norte-americana.
A manutenção de Quioto é uma exigência dos países mais pobres, que querem metas vinculativas para os mais ricos. Ficam em aberto as novas percentagens.
Obama chega a Copenhaga
O Presidente dos Estados Unidos chega à capital dinamarquesa por volta das 7h00 e fará uma intervenção cerca das 9h00.
Tem encontros bilaterais agendados com os Presidentes da Rússia e do Brasil e com o Primeiro-minist.o chinês.
Quanto a Portugal, José Sócrates participa nas sessões de hoje e regressará a Lisboa ao final da tarde. Ontem, o Primeiro-ministro português afirmou, numa declaração aos jornalistas, acreditar ainda num entendimento, com a Europa a liderar.
“Precisamos de metas vinculativas de reduções de emissões para todos os países desenvolvidos. Precisamos de acção por parte dos países em desenvolvimento mais avançado. Precisamos de financiamento apropriado para impulsionar o acordo. E todos precisamos de regras claras de verificação internacional para fomentar a confiança. O que não precisamos, caros colegas, é um acordo que seja vinculativo apenas para parte de nós. Esse acordo não iria resolver o problema do clima, nem seria justo ou aceitável” – afirmou Sócrates.
O Primeiro-ministro apelou assim a um entendimento na cimeira: “Definitivamente é tempo para um acordo sobre alterações climáticas. Todos sabemos que, por baixo de cada problema ambiental, está a questão de como distribuir os recursos do mundo. Mas as alterações climáticas não são apenas uma problema de nações ricas ou pobres. Neste jogo, não há vencedores ou perdedores ao mesmo tempo, mas apenas vencedores, ou apenas perdedores. Transformemos esta cimeira e esta conferência numa grande vitória” – acrescentou.
O Primeiro-ministro garantiu ainda o empenho de Portugal num futuro acordo para o combate às alterações climáticas e declarou que Portugal está preparado para aumentar a redução das suas emissões de 20 para 30% até 2020, caso a União Europeia aceite esta meta ambiental.
De acordo com Sócrates, análises independentes "demonstram bem o esforço que Portugal tem feito no domínio das energias renováveis, na redução de emissões, na eficiência energética e na utilização do fundo de carbono para a promoção de uma economia mais verde".
"Muitos falaram no fundo de carbono, mas foi o anterior Governo que o fez sair do papel. O fundo de carbono era um compromisso nosso e tínhamos de o pôr em vigor, disponibilizando-o como um instrumento para a promoção de uma economia mais amiga do ambiente", declarou.
José Sócrates acrescentou depois estar "tranquilo" face ao cumprimento do protocolo de Quioto por Portugal, alegando que os dados disponíveis indiciam essa conclusão.
“Portugal está profundamente empenhado no combate ás alterações climáticas a favor da sustentabilidade. Acreditamos que é possível ver as nossas economias crescer de uma forma mais eficaz, inteligente e limpa. Acreditamos em tirar proveito dos benefícios da inovação nesta transição para um economia para um futuro com baixo carbono, e acreditamos que isso é possível num espírito de cooperação internacional aumentada e solidariedade para com aqueles que sãos mais vulneráveis”.
Mais logo os chefes de Estado e de Governo vão estar reunidos num jantar em Copenhaga e admite-se que as negociações sobre o clima se prolonguem durante a noite fora.
O encerramento da Cimeira está marcado para amanhã.
Posted by Renascença | Posted in alterações climáticas , comunidade internacional , Copenhaga | Posted on 15:50
O Primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, sublinhou que a cimeira não pode ser uma oportunidade perdida.“A todas as nações digo: Não é suficiente fazermos o mínimo. A História pede que demos o melhor de nós. Aquilo que podemos atingir juntos é muito mais do que o que podemos atingir sozinhos. Porque, para todos nós e para os nossos filhos não existe interesse maior do que futuro comum deste Palneta.
José Luis Rodriguez Zapatero, chefe do Governo espanhol, defendeu uma “nova era energética” e salientou que será “absurdo” esperar mais por um acordo climático global.
O Primeiro-ministro espanhol pediu “um acordo justo aqui e agora”. (...)Nem os Estados Unidos nem a China podem fugir à sua responsabilidade”.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, acusou as grandes economias emergentes – nomeadamente a China – de fazerem "marcha atrás" na transparência da concretização dos seus compromissos no que respeita às alterações climáticas.
Os Estados Unidos estão prontos a contribuir com 100 mil milhões de dólares (cerca de 69,7 mil milhões de euros) por ano até 2020 no âmbito de um acordo sobre o clima. Sob a condição de que as grandes economias emergentes façam prova de transparência, disse hoje em Copenhaga a secretária de Estado norte-americana.
O Presidente do Brasil considerou que seria "moralmente injustificado" e "politicamente irracional" se interesses "corporativos" de blocos regionais se sobrepusessem ao bem comum na luta contra as alterações climáticas.
Lula da Silva frisou que o seu país chegou a Copenhaga "determinado em obter resultados ambiciosos" de curto, médio e longo prazo na luta contra as alterações climáticas, mas deixou algumas advertências ao grupo dos países desenvolvidos. "A ambição tem de ser partilhada. Não seria politicamente racional, nem moralmente justificado colocar interesses corporativos acima do bem comum das humanidade".
Delegações de 192 países estão reunidas até sexta-feira em Copenhaga naquele que é já considerado o maior e mais importante encontro de sempre sobre o clima. O objectivo é chegar a um consenso em relação a um texto para um acordo legalmente vinculativo, que concretize os objectivos necessários para assegurar que o aquecimento global não será superior a dois graus centígrados em relação à era pré-industrial.
Posted by Renascença | Posted on 13:10
As negociações voltaram a andar, depois de um impasse, considera o chefe da secção de Alterações Climáticas da ONU, Yvo de Boer.
“A conferência encontra-se agora numa altura crítica e já concordámos em como iremos proceder”, adiantou, por seu lado, o Primeiro-ministro dinamarquês, Lars Rasmussen, acrescentando: “Confiamos agora na boa vontade de todas as partes para dar o passo extra e chegar ao acordo esperado”.
Os congressistas concordaram com a proposta de Rasmussen de dividir as negociações em duas vias: uma que olhe para os próximos compromissos a assumir pelos países desenvolvidos, à excepção dos EUA, para cortar as emissões até 2020 e uma outra que se dedique a analisar a maneira de conseguir que todos os países reduzam as alterações climáticas.
A ministra dinamarquesa Connie Hedegaard, que liderou até quarta-feira as negociações, irá presidir a ambos os debates.
Rasmussen desiste de novo texto para alcançar consenso
Ao final da manhã, o Primeiro-ministro dinamarquês revelou ter deixado cair a hipótese de apresentar um novo texto para forçar um acordo global.
Lars Rasmussen explicou que essa possibilidade foi contrariada pelos países em vias de desenvolvimento, sendo que os negociadores dos 193 países participantes consideram existirem textos suficientes das Nações Unidas para delinear um acordo.
China renova empenho num acordo
O embaixador chinês na Cimeira de Copenhaga sublinhou hoje que Pequim não desistiu de se alcançar um acordo sobre as alterações climáticas, contrário do que foi divulgado nas últimas horas.
“Não se donde surgiram esses rumores, mas posso assegurar que a delegação chinesa veio para as conversações de Copenhaga com esperança e ainda não desistiu”, afirmou Yu Qingtai à agência Reuters, à margem da conferência.
“Copenhaga é demasiado importante para falhar”, acrescentou.
Esta reacção surge depois de fonte de uma delegação do Ocidente envolvida nas negociações ter afirmado que a China teria transmitido aos outros participantes o seu cepticismo face a um acordo que combata o aquecimento global.
A fonte em causa, que pediu o anonimato, afirmou à Reuters que a delegação chinesa sugeriu, como alternativa, a divulgação de uma “pequena declaração política”.
"A China não está interessada em tornar-se parte do esforço de algumas pessoas em culpar outros países pelo falhanço em Copenhaga”, reagiu ainda o embaixador chinês.
Posted by Renascença | Posted on 08:04
A ministra do Ambiente revela à Renascença que ainda acredita num acordo global para as alterações climáticas, em Copenhaga.
“Continuo a achar que [o acordo é possível], nesta fase com uma perspectiva menos positiva do que já estive, mas estamos todos confiantes de que possa haver um acordo fundamental para a sobrevivência do planeta”, admite Dulce Pássaro.
O acordo que decorrer desta cimeira deverá substituir em pleno o Protocolo de Quioto, que acaba em 2012.
Posted by Renascença | Posted on 10:28
Copenhaga vive um clima pesado. As negociações estão num impasse a vários niveis. Por um lado por causa dos Estados Unidos: a delegação norte-americana não concorda com as metas de redução de emissões para 2020 estabelecidas na proposta de acordo, que prevê uma redução de 25 a 40 por cento face aos valores de 1990. Por outro lado, os países africanos permanecem irredutíveis e não consideram suficiente a proposta ao nível das ajudas aos países mais pobres. E o G77, grupo que junta os países em desenvolvimento, entende que muitos dos aspectos do rascunho de um acordo não estão prontos para serem postos na mesa dos lideres politicos, e que é necessário mais trabalho técnico.
Dos líderes que já estão em Copenhaga, as palavras mais duras vieram para já do primeiro-ministro britânico. Gordon Brown afirmou que um falhanço em chegar a acordo pode dar origem a uma catástrofe económica no mundo equivalente ao impacto das duas Guerras Mundiais e da Grande Depressão no século passado. Já esta manhã, Brown avisou que a ausência de um acordo tem repercussões sérias a vários niveis nas relações internacionais, e não apenas no dossier climático. O chefe do governo britânico admite que há muitos obstáculos a ultrapassar no encontro, mas garantiu o empenho dos principais lideres dos países desenvolvidos. O problema é que o tempo não corre a favor dos decisores politicos...
Posted by Renascença | Posted on 17:49
O ponto de situação nas negociações, o caos logísitico da Cimeira e os impactos estimados das alterações climáticas na Península Ibérica estão no Página Um de hoje. Pode conhecer também o que tem tudo isto a ver com a Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz.
Leia aqui o Página Um
Posted by Renascença | Posted on 15:53
Amanhã começa formalmente o segmento de alto nivel com Ministros do Ambiente, que já hoje á noite arranca com discursos de abertura. São eles que vão desenhar o acordo politico que poderá ser assinado na Sexta-Feira por cerca de 120 chefes de Estado e de Governo de todo o mundo. Não será um tratado, mas previsivelmente, apenas o melhor que se consegue nesta altura.
Posted by Renascença | Posted on 15:41
O Vaticano apresenta nesta Terça-feira a mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2010, desta feita intitulada "Se queres a paz, cuida da criação". O Papa fala numa crise ecológica e na necessidade de enfrentá-la globalmente. Leia a noticia aqui. E aqui a Mensagem (em italiano).
Posted by Renascença | Posted on 15:31
Hillary Clinton assina hoje um artigo no New York Times onde apela a um acordo global em Copenhaga.
Leia aqui
Posted by Renascença | Posted on 10:17
A União Europeia e os restantes participantes na Cimeira de Copenhaga estão em maratona negocial desde a última noite, para tentar chegar a um acordo entre os Estados Unidos e dos países pobres.
“Também não quero negar o facto de estarmos perante discussões complexas e difíceis. Não quero menorizar essa parte”, sublinha, adiantando que os 27 querem “debater os diferentes assuntos” e “ser capazes de sair de Copenhaga com uma situação que seja consensual”.
“Precisamos de um acordo global, abrangente e ambicioso”, destaca ainda Lacasta.
Leia e ouça aqui
Posted by Renascença | Posted on 09:57
Pedro Martins Barata, negociador português em Copenhaga e membro do Comité Executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, defende que é preferível criar as condições em Copenhaga para que seja possível aprovar um acordo reforçado sobre o clima em 2010. ouvir aqui a entrevista
Já foi admitido à partida que não vai sair de Copenhaga um acordo jurídico, mas no máximo uma espécie de entendimento ao nível politico. Isso é suficiente?
O clima não fica pior por adiarmos a constituição do regime climático um ano, desde que as metas definidas sejam mais eficazes, que o sistema seja mais robusto e que os volumes de financiamento acordados sejam efectivamente maiores. Se quisermos pressionar para haver um acordo em Copenhaga corremos o risco de termos um acordo que é muito menos ambicioso e, por consequência, que cumpre menos aquilo que é necessário. E o que é necessário é um entendimento que instaure um regime climático que nos permita atingir metas de redução muito mais fortes e muito mais ambiciosas do que aquelas que temos actualmente.
Há o exemplo do Protocolo de Quioto, que deixou de fora aquele que era na altura o maior poluidor mundial…
Exacto. Ninguém quer uma repetição de Quioto, com um acordo fraco ou um acordo que até possa ser muito ambicioso, mas em que os EUA roam a corda. Temos de ser realistas e tentar ver o que é que pode ser, efectivamente, conseguido em Copenhaga, mas não vamos seguir a via de ter um entendimento negocial, total e completo, se isso impedir a possibilidade de um acordo mais ambicioso daqui a seis meses ou um ano.
Aquilo que vai ter de ser feito é criar um espaço para todos respirarmos fundo. Por exemplo dar possibilidade aos EUA para, internamente, irem mais longe e conseguirem definir bem a sua política doméstica de alterações climáticas. [A legislação está neste momento empatada no Senado.]
O que é que deve constar então de um eventual acordo em Copenhaga?
Neste momento é preciso condensar, de tudo aquilo que está cima da mesa, as mensagens mais importantes que Copenhaga tem de ter. Provavelmente estabelecer uma meta global a longo prazo para 2050, uma meta de médio prazo para 2020, e criar uma extensão do actual processo negocial, que nos permita chegar a meados do próximo ano ou, eventualmente, à próxima conferência em Novembro, no México, com uma nova disponibilidade para negociar.
Porque é que foi tão demorado para a União Europeia chegar a um acordo sobre o pacote financeiro para os países em desenvolvimento?
A União Europeia mudou desde o Protocolo de Quioto para cá. A UE negociou Quioto como um bloco de 15 países, todos eles diferentes em termos de estado de desenvolvimento. Na altura, Portugal era o país mais pobre. Hoje, temos oito países substancialmente mais pobres do que Portugal. Nesse sentido, quando se pede um esforço de financiamento acrescido e muito superior àquilo que foi negociado no Protocolo de Quioto, é natural que haja resistências, ainda para mais numa época de crise económica e financeira. E essa relutância é ainda mais acrescida por parte desses novos países.
Isso quer dizer que o debate político está assente sobre dados desactualizados?
Infelizmente, a ciência está a evoluir mais depressa do que o próprio processo político. Isto tem implicações, porque considero que o próprio processo político tem de mudar. Temos um processo político em que, de ano a ano, reunimos a nível ministerial. Temos actualmente um regime climático que é pensado a 5 ou 6 anos, e temos de pensar num regime climático a 20 ou 30 anos. Para isso precisamos de ter uma fórmula para rever periodicamente - e mais vezes do que aquilo que temos feito - as nossas próprias metas. Isto para perceber se aquilo que tínhamos pensado que era o consenso científico há três anos ainda se mantém.
Posted by Renascença | Posted on 06:15
Os Estados Unidos estão empenhados num acordo climático. Todd Stern, chefe da delegação norte-americana em Copenhaga, espera que quando Obama chegar - na próxima sexta-feira - quase tudo esteja fechado. "Há um desejo alargado de que os assuntos sejam resolvidos a nível ministerial, e não sejam empurrados mais para cima na hierarquia. Mas penso que é inteiramente possível que haja um ou dois assuntos que necessite do envolvimento dos lideres, mas do nosso ponto de vista estamos confortáveis com isso, se isso vier a acontecer",disse Stern em Copenhaga.
Posted by Renascença | Posted on 17:47
No Página Um de hoje, as últimas da Cimeira, a posiçãod a Igreja e a entrevista ao negociador português Pedro Martins Barata.
leia aqui a Edição de hoje
Posted by Renascença | Posted on 15:59
Em Copenhaga, afinal os países africanos vão retomar as negociações sobre o clima, isto depois de terem obtido garantias de que o documento final irá ter pontos ligados ao ainda em vigor protocolo de Quioto.
Os países pobres insistem numa segunda fase com emendas ao protocolo pós 2012, enquanto que do lado dos países mais ricos a insistência em Quioto, um protocolo que os Estados Unidos nunca ratificaram, pode ser problemática.
O grupo acabou por regressar às conversações depois de ter recebido a garantia por parte do responsável máximo da ONU pelas negociações climáticas, Yvo de Boer, de que o Protocolo de Quioto vai ser mantido.
“Penso que esta não é uma preocupação apenas dos africanos. Penso que a grande maioria dos países aqui presentes deseja a continuação do Protocolo de Quioto. Aliás, penso que o retomar das consultas irá começar pelo Protocolo de Quioto” - sublinhou Yvo de Boer.
Quanto ao papel que as várias manifestações pró-ambiente podem ter nas negociações na Cimeira de Copenhaga, Boer diz que “têm certamente impacto”.
“Eu próprio participei num maravilhoso evento o “Domingo com Desmond Tutu” e penso que estes eventos incentivam bastante os líderes a vir a Copenhaga não para conversar mas para agir e assinar um acordo robusto no final desta sessão”, acrescentou.
Posted by Renascença | Posted on 13:14
É o regresso das divergências entre pobres e riscos. O G77 - grupo que junta os paises em desenvolvimento - decidiu abandonar as negociações desta manhã na Cimeira de Copenhaga. As primeiras indicações apontam para um desagrado dos países pobres com um possivel abandono das negociações no quadro do Protocolo de Quioto. Estes países sustentam que aquele instrumento não deve ser abandonado, uma vez que impõe reduções de emissões de CO2 vinculativas aos paises mais ricos, ou seja, aos maiores poluidores. Um dos pontos em aberto em Copenhaga é a manutenção do modelo do Protocolo de Quioto, cuja primeira fase de cumprimento expira em 2012. Os paises pobres insistem numa segunda fase, com emendas ao protocolo pós-2012. Do lado dos países ricos, a insistencia em Quioto pode causar uma outra dor de cabeça - é que os EUA querem esquecer o Protocolo que nunca ratificaram. E um tratado climático sem os norte-americanos será sempre mais fraco. Para já em Copenhaga o clima está agitado com reuniões sucessivas. Resta aguardar pelo início da tarde para perceber se o abandono das negociações é para manter...
Posted by Renascença | Posted on 13:12
A Igreja preocupa-se com o ambiente sem se comprometer com os aspectos mais políticos da discussão, explica o Secretário-geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa.
para ler aqui
Posted by Renascença | Posted on 09:41
Em Copenhaga, as negociações prosseguem em dois carris.
Um deles é o da definição de um acordo climático que inclui países que não fazem parte do Protocolo de Quioto. O "chapéu" é o da Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas cujas partes signatárias (reunidas em Copenhaga na COP -Conferência das Partes) tentam aprofundar.
O rascunho do acordo ( incluindo entre parentesis o que está para ser decidido ) pode ser lido aqui.
O outro carril diz respeito às negociações no âmbito do Protocolo de Quioto, que exclui os EUA e se concentra nas reduções de emissões dos paises desenvolvidos.
O rascunho do acordo ( incluindo entre parentesis o que está para ser decidido ) pode ser lido aqui
Posted by Renascença | Posted on 19:05
A Cimeira de Copenhaga foi o tema da Edição Internacional, com Madalena Resende, investigadora do IPRI – Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa - e Bernardo Pires de Lima, analista residente desta emissão. Edição de José Bastos.
Ouça aqui de novo este debate
Posted by Renascença | Posted on 19:03
Vale a pena voltar a ouvir a reportagem de Paulo Ribeiro Pinto e o debate moderado por Marina Pimentel e protagonizado pelo painel residente constituído por Maria José Nogueira Pinto, João Ferreira do Amaral e Hermínio Rico.
Para ouvir de novo o "Espaço Aberto", clique aqui
Posted by Renascença | Posted on 18:26
Cerca de 500 pessoas foram já detidas este sábado em Copenhaga durante uma manifestação.
Os detidos são vários jovens que, vestidos de negro e de cara tapada, estavam a destruir montras e a partir janelas no centro da cidade.
Ouvir e ler aqui
Posted by Renascença | Posted on 14:25
"Estimamos o número em cerca de 30 mil, mas não passa de um cálculo", declarou um oficial de serviço.
Um dos temas dominantes desta manifestação, a uma semana da eventual conclusão de um acordo na luta contra o sobreaquecimento climático, com a presença de 110 chefes de Estado, é a reivindicação de um acordo justo e equitativo para os mais pobres e para os mais vulneráveis.
Posted by Renascença | Posted on 12:00
A polícia da Dinamarca espera qualquer coisa como 50 mil pessoas, admitindo que o número possa subir até aos 60 mil. Todos os agentes disponíveis foram destacados para o patrulhamento da capital, já que há a ameaça de distúrbios graves, nas ruas.
Entrevistado pela Renascença, Rasmus Skovaagard, porta-voz da polícia garante que não vão deixar que tal aconteça.
Posted by Renascença | Posted on 18:50
O coordenador do primeiro estudo sobre alterações climáticas acredita que 2010 trará o tratado que será precedido do acordo político em Copenhaga. O Professor Catedrático de Física comenta o Climate Gate e levanta dúvidas sobre a transparência na recolha dos dados observados em estações meteorológicas. Mas nada disso abala o que a ciência já concluiu de forma quase unânime sobre a causa antropogénica do aquecimento global.
FDS: Estou convencido que vamos continuar a negociar. Provavelmente só no próximo ano no México é que teremos um acordo vinculativo de carácter global. Já não é mau um acordo político. Penso que os líderes políticos que vão estar reunidos em Copenhaga não se podem dar ao luxo de não chegar a algum grau de entendimento em relação a esta questão.
Posted by Renascença | Posted on 18:45
Veterano das conferências climáticas, Francisco Ferreira está em Copenhaga na delegação da Quercus, uma ONG que tem estado sempre integrada nas delegações da sociedade civil. Reflectindo sobre os possíveis resultados da cimeira, o histórico dirigente da Quercus diz que Portugal vai ter que fazer várias revoluções para cumprir as proximas metas. Mas há também que explicá-las. Para já, as ONG's estão preparadas para um cenário de acordo político em Copenhaga.
RR: E Portugal vai conseguir cumprir as novas metas europeias ?
FF: Em nosso entender, a União Europeia deve efectuar uma redução de 30% das suas emissões entre 1990 e 2020, principalmente à custa de medidas internas. Se isso suceder, precisamos de uma revolução energética e comportamental, da mentalidade de quem nos governa. As contradições têm que terminar. Nós continuamos a ter o recorde nos veículos mais eficientes e o recorde na oferta de auto-estradas e no número de quilómetros que acabamos por percorrer para transportar mercadorias e passageiros no modo rodoviário. Uma revolução energética é absolutamente fundamental ao tornarmo-nos menos dependentes dos combustíveis fósseis. E não é na electricidade, é na energia como um todo. Isso obriga-nos a reduzir consumos drasticamente, a mudar o nosso modo de vida, e não é a aposta nas renováveis que resolve , nem as barragens que representam 3% da electricidade. É algo muito mais ambicioso e sério. Precisamos de uma revolução comportamental, porque a população tem que perceber que há mudanças para fazer já. Estamos a 10 anos de ter que viver com uma fatia bastante maior de energias renováveis do que aquela ( 31%) que já temos neste momento fixada, se a redução for de 20%. As implicações sociais e ambientais serão por certo extremamente positivas. Mas há que explicar e saber discutir esta revolução. Se a União Europeia decidir avançar com 30%, 2010 obrigar-nos-há a fazer um plano a dez anos, como se calhar nunca conseguimos fazer em termos de energia, de comportamentos e de investimentos.
Posted by Renascença | Posted on 18:26
Hoje:
- as propostas de Bruxelas e as que se discutem em Copenhaga.
- o Diario da primeira semana de Cimeira do Clima
- O Climategate explicado e a opinião de Filipe Duarte Santos.
- Francisco Ferreira: " Portugal precisa de um plano a dez anos".
Leia aqui a edição de hoje do Página Um
Posted by Renascença | Posted on 18:21
O CRU colaborou na elaboração do quarto relatório do Painel Intergovernamental das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (IPCC), publicado em 2007, o documento que serve de base às negociações sobre o clima em Copenhaga.
Terão sido descarregados mais de mil emails trocados entre 1996 e 2009 não só entre membros do CRU, mas também com outros investigadores em todo o mundo. Este material foi divulgado na Internet a 17 de Novembro deste ano. A Universidade de East Anglia confirmou a veracidade das mensagens divulgados.
Que impacto está a ter na comunidade científica ? E no debate de Copenhaga ?
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Posted by Renascença | Posted on 18:09