Pausa

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Posted by Renascença | Posted on 08:12

Termina aqui o acompanhamento da Cimeira de Copenhaga através deste blogue. O Terra à Escuta volta em breve com outro figurino





Escaldados em Copenhaga

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Posted by Renascença | Posted on 13:05



Assim ficam cientistas e políticos. Os primeiros estão obrigados a provar em definitivo que a sua agenda é apenas técnica, Climategate oblige. Mas com a derrapagem de calendário haverá mais dramatização e pressão política. Os segundos perderam o “momentum” de Copenhaga e os cidadãos já o sinalizaram. Há mais do que anarquistas violentos na cidadania ambiental. Nestas semanas emergiram novas provas de séria mobilização movida pela ética. Em comunidades locais, em Ong’s, nas escolas dos nossos filhos. Não se trata apenas de travar a marcha dos pinguins ou de proteger o Nemo. Copenhaga fomos nós todos. E falhámos.






Uma Europa atordoada

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Posted by Renascença | Posted on 12:58



Rompuy, Ashton, Barroso… “desaparecidos” apenas com o último em combate, as figuras institucionais europeias não contaram. Brown, o mais “climático” dos líderes europeus, tentou mediar, mas, qual aguadeiro, viu-se sacudido no sprint pela hiperactividade de Sarkozy – mais empático na relação com Lula e Obama. Merkel, como sempre, marcou o seu ponto. 



Se a União Europeia teve que engolir o falhanço, fica agendado o relançamento do processo para Bona entre Maio e Junho. Barroso – que aposta decisivamente neste dossier - só perdeu: protagonismo zero, nada de vinculativo e uma polémica prestação da presidente da Cimeira, proposta por si para comissária europeia para o Clima.


A SEGUIR: ESCALDADOS EM COPENHAGA





Lula e a consagração brasileira

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Posted by Renascença | Posted on 12:54

Copenhaga continua a guiar o Brasil por sucessos. Lula foi uma das estrelas da cimeira, um mediador de águas quentes para descongelar o impasse. Sarkozy (o seu parceiro europeu) reconheceu em Lula o desbloqueador de Copenhaga. Na mesa com a China, Índia e Africa do Sul, sentou-se ao lado de Obama. No palanque (em português ao contrário de Sócrates) fez o grande discurso da Conferência, que ficará como referência retórica para contrastar com os gráficos de Al Gore. O Brasil e Lula estão em forte alta.

A SEGUIR: UMA EUROPA ATORDOADA





O poder de fogo da China e a chama escandinava de Obama

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Posted by Renascença | Posted on 12:53




O PODER DE FOGO DA CHINA

Nunca nos tempos recentes como em Copenhaga se viu às claras como a China já é o grande contra-peso dos Estados Unidos. Pequim mostrou como sabe ser inflexível. Obrigou Obama a correr salas para convencer a China a deixar-se monitorizar em matéria de cumprimento de compromissos climáticos. No fim, transparece a ideia de que saiu vencedora, com aliados de peso conquistados por uma forte influência económica multi-continental, na Ásia e em Africa. Há mais do que “smog” em Pequim. Em breve, em todo o mundo, teremos parques eólicos construídos maioritariamente na China. 

A CHAMA ESCANDINAVA DE OBAMA

O presidente que não conseguiu acender a tocha olímpica de Chicago em Copenhaga trouxe do meio-fracasso uma meia-vitória. Levou para  Washington o mínimo para poder continuar a lutar pela alteração do clima no Senado. Não podia ceder face à China e jogou o interesse nacional como George W.Bush o faria. Impôs no mínimo um acordo de “major economies” – era o máximo que o seu antecessor admitia. Copenhaga poderá ser o ultimo beneficio da dúvida que começa a pairar nas opiniões públicas “amigas”. Ou seja, no Mundo que já tinha desconfiado do Nobel e que esperava mais do político que tantas mudanças prometeu.

A SEGUIR: LULA E A CONSAGRAÇÃO BRASILEIRA





Clima de Xadrez

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Posted by Renascença | Posted on 12:51




As alterações climáticas tornaram-se num tabuleiro de jogo verdadeiramente total em Copenhaga. Desde logo está em causa todo o rendilhado de ordem comercial que já há muito marca passo na OMC. É também uma fortíssima questão económica, pelo reconhecimento dos chamados “negócios verdes” pelos mercados. Foi isso que, no essencial, afastou China e Estados Unidos de qualquer vínculo na Conferência. Jogaram-se também as desconfianças mútuas entre ricos e pobres, como mostra bem a falta de consenso no plenário final face ao “Acordo de Copenhaga”.

 A SEGUIR: O PODER DE FOGO DA CHINA E A CHAMA ESCANDINAVA DE OBAMA






ONU A NU

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Posted by Renascença | Posted on 12:00



O “spin” é igual em todo o lado. Os que mais queriam um acordo politico forte e vinculativo, baseado em documentos técnicos claros e consensuais, recusaram falar em “falhanço” em Copenhaga. Mas foi isso mesmo que aconteceu. Só não acabou em desastre porque o descalabro negocial teve o benefício de destapar algumas máscaras. Como os delegados do mundo - do Tuvalu aos Estados Unidos - também aqui se “toma nota” do que Copenhaga nos trouxe.

 ONU A NU

Está tornada num sinaleiro benevolente. Depois do massacre unilateral pós-guerra-fria que redundou na inoperância observada a olho nu no Conselho de Segurança, Copenhaga mostra-nos como nem na questão climática - um bastião da ONU desde o inicio da década de 90 – as Nações Unidas resistem ao “realpower”. Uma cimeira desorganizada e um processo negocial caótico transformaram-na em mero notário das divisões entre hemisférios. As nações andam desunidas no tempo das (pequenas) sociedades entre elas.

A SEGUIR: CLIMA DE XADREZ





Cimeira ficou aquém do esperado, admite Portugal

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Posted by Renascença | Posted on 20:28




O secretário de Estado do Ambiente diz que o acordo de Copenhaga ficou aquém do esperado, embora contenha alguns aspectos positivos, fazendo com que seja melhor do que nada.


"O nosso entendimento é o da generalidade das representações europeias. Um certo desapontamento mas há a percepção de que pior seria não ter nada", disse Humberto Rosa em declarações à Lusa.
"Não ocultamos que depois de dois anos de negociações e de tanto enfoque político em torno da cimeira é muito decepcionante que haja partes que não estão preparadas para o nível de ambição que o mundo precisa", frisou.
No entanto, apesar de decepção, Humberto Rosa considera que há um ou outro aspecto positivo graças ao esforço europeu.
Segundo o secretário de Estado, há uma menção ao objectivo de conter o aquecimento global a um máximo de dois graus centígrados, o que é uma novidade do acordo, assim como ao financiamento rápido com especial enfoque nos países menos desenvolvidos.
O acordo de Copenhaga foi alcançado na sexta-feira à noite pelos chefes de Estado de três dezenas de países industrializados e emergentes, tendo sido aprovado através de um procedimento especial no plenário da conferência sobre o clima da ONU.





Copenhaga: Cimeira termina com “passos significativos”, diz Ban Ki-moon

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Posted by Renascença | Posted in , , | Posted on 12:24





A Cimeira de Copenhaga termina com uma tomada de nota de um acordo. O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, considera que, mesmo assim, o resultado é positivo.

“Demos um passo significativo na direcção de um acordo mundial para limitar e reduzir a emissão de gases com efeito de estufa”, afirmou hoje.

“O acordo pode não agradar a todos. Sei que os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento não estão todos satisfeitos, mas acredito que, através do acordo que foi possível, seremos capazes de conseguir tudo aquilo que precisarem”, adiantou, demonstrando alguma esperança de que o combate às alterações climáticas se faça, na prática.

A conferência das Nações Unidas sobre o clima termina, assim, com uma tomada de nota do acordo alcançado na sexta-feira por três dezenas de países, tornando-o assim operacional, mas não vinculativo.

Alden Meyer, director da União dos Cientistas Preocupados, considera que o facto de a conferência "tomar nota" dá “um estatuto jurídico suficiente ao acordo para o tornar operacional, sem ser necessária a aprovação das partes".

O acordo, hoje apresentado aos 193 países membros da conferência é um documento de apenas três páginas, que fixa como objectivo limitar o aquecimento do planeta a dois graus centígrados em relação aos níveis pré-industriais, até ao final do século. Deixa de lado o valor para a redução dos gases com efeito de estufa.

É uma meia-vitória para os Estados Unidos e um fracasso na opinião dos países em desenvolvimento.





Cimeira de Copenhaga: Acordo rejeitado

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Posted by Renascença | Posted in , , | Posted on 10:32





A conferência das Nações Unidas sobre o clima rejeitou o acordo rubricado na sexta-feira, derivado de uma proposta norte-americana. O que sai da cimeira é, para já, uma nota.


É a saída possível para a conferência: “take note” é a forma jurídica adoptada para sair airosamente deste processo de impasse e não tomada de decisão.

Significa isso que a conferência toma nota, regista que houve um acordo, inclui-o na acta, mas não o adopta.

O texto apresentado por Washington teve acordo dos Estados Unidos, da China, do Brasil, da Índia e da África do Sul. Refere apenas a limitação a dois graus centígrados no aumento de temperatura até ao final do século, mas nada diz sobre os meios para atingir este objectivo.

A sessão plenária recomeçou esta manhã e espera-se, ainda esta manhã, a declaração do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon.





Acordo parcial em Copenhaga

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Posted by Renascença | Posted in , , | Posted on 01:18




Não é o acordo global que se esperava à partida. Mas pode ser a porta para abrir um entendimento mais alargado no futuro sobre o combate às alterações climáticas.


Depois de duas semanas de duras negociações na Cimeira de Copenhaga, um grupo de países, entre eles os Estados Unidos e a China - os dois maiores poluidores mundiais - chegou a um entendimento. Eis os principais pontos do “Acordo de Copenhaga”, que tem ainda de ser aprovado em plenário na cimeira :

- É um acordo político, mas não é juridicamente vinculativo.
- O acordo reconhece a necessidade de limitar o aumento das temperaturas em 2ºC até ao final do século.
- Não apresenta metas de redução de emissões.
- Os países vão ter que apresentar metas escritas para 2012 e 2020, num anexo ao acordo que tem de ser entregue até ao final de Janeiro.
- As nações que chegaram a acordo prometem adaptar legislações nacionais.
-  No próximo ano, será criado um grupo de alto nível para definir os mecanismos de financiamento.
-  Haverá uma conferência de alto nível sobre o clima daqui a seis meses em Bona, na Alemanha.
- As previsões serão revistas em 2015, depois do próximo relatório do Painel Intergovernamental das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, agendado para 2014.

“É um avanço significativo e sem precedentes, mas há muito trabalho pela frente”, diz Barack Obama.
O anúncio oficial do acordo coube ao Presidente norte-americano. Obama reconhece que, globalmente, o acordo não é suficiente, mas é um primeiro passo.

”Sabemos que estes passos não são por eles próprios suficientes para chegarmos onde queremos chegar em 2050. É por isso que digo que este vai ser um primeiro passo. E haverá aqueles que vão olhar para os compromissos nacionais, compará-los, e dizer que a ciência dita que é preciso fazer mais. O desafio aqui está no facto de que, para muitos países, particularmente os emergentes que estão em diferentes fases desenvolvimento, esta será a primeira vez em que oferecem voluntariamente metas de mitigação.”

Obama explicou ainda de que forma foi construído o entendimento: "Este acordo está estruturado de uma forma que cada nação vai colocar os seus compromissos próprios num anexo ao documento e mostrar especificamente quais as suas intenções. Esses compromissos serão alvo de consulta e análise internacional. Não será legalmente vinculativo, mas vai permitir a cada país mostrar ao mundo o que está a fazer e haverá um sentimento de cada nação de estamos nisto juntos e saberemos quem está a cumprir ou não as obrigações mútuas que foram estabelecidas.”

Poderá estar assim aberta uma porta para que, em 2010, se chegue a um Tratado Internacional sobre o combate às alterações climáticas, que seja legalmente vinculativo. Mas para isso é necessário percorrer ainda um longo caminho. “ Vai requerer ainda mais trabalho e construção de um clima de confiança entre os países emergentes, os menos desenvolvidos e desenvolvidos, antes que vocês possam ver um acordo legalmente vinculativo a ser assinado. Eu penso que é necessário que cheguemos a esse tratado e apoio esses esforços, mas este é um exemplo clássico de uma situação em que, se estivéssemos à espera disso, não faríamos qualquer progresso”, disse Barack Obama.

Reacções Internacionais

Para uns, é um passo em frente no combate às alterações climáticas, para outros é simplesmente um acordo fraco. O Primeiro-ministro português, José Sócrates, afirma que "este acordo, a ser aprovado, representa um passo em frente no combate ao aquecimento global, embora deva dizer que é um passo tímido em relação às expectativas que a União Europeia tinha nesta conferência. Fica portanto aquém das legítimas expectativas com que a União Europeia esteve presente nesta conferência".

Sócrates defende no entanto que "é a primeira vez que há um acordo em torno de um tratado juridicamente vinculativo que abrange todos os países do mundo. Isso é muito significativo e muito importante para todos aqueles para quem a luta contra o aquecimento global deveria englobar todos os países do mundo".

Quanto aos restantes líderes europeus, o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, admite que “o texto que existe não é perfeito”. Angela Merkel, a Chanceler alemã, revela ter “sentimentos contraditórios” sobre o acordo, embora afirme que sempre é melhor dar um passo do que não dar nenhum. E do lado dos países desenvolvidos, o embaixador da delegação brasileira em Copenhaga, Sérgio Serra, fala em desapontamento, mas recusa a ideia de que a cimeira tenha falhado por completo.

O acordo foi o "pior da história", considerou o delegado do Sudão, que preside o G77, que reúne 130 países em desenvolvimento.

"Neste momento, não há acordo", apenas um projecto de declaração que ainda deve ser aprovado pelos 192 países da Convenção Quadro da ONU sobre Alterações Climáticas, realçou Lumumba Stanislas Dia-Ping, lembrando que a China "ainda não se pronunciou oficialmente".

"Se um único país disser não, não teremos acordo e numerosos países já avisaram que vão rejeitá-lo", adiantou o delegado do Sudão, que preside o Grupo dos 77, coligação que integra 130 países em desenvolvimento, entre os quais a China e o Brasil. 





Copenhaga: Líderes mundiais tentam fechar acordo

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Posted by Renascença | Posted in , , | Posted on 07:43

A noite foi de negociações, que decorreram a todos os níveis – do negociador técnico ao mais ilustre Primeiro-ministro, passando pelos ministros do Ambiente. O objectivo é anunciar, cerca das 16h00 (15h00 em Lisboa), o acordo, que poderá não passar de uma declaração de intenções de redução de emissões e de financiamento dos países mais pobres. 

A grande dúvida é se o documento final será vinculativo e se cumpre o objectivo de conter o aumento da temperatura em dois graus centígrados, como circula nalguns corredores da cimeira. Mas, como diz o tradicional ditado das conferências sobre o clima, nada está acordado sem que tudo esteja fechado. 


Protocolo de Quioto deverá continuar em vigor 

O atraso dos trabalhos obrigou à inversão do sentido das negociações: os líderes políticos vão fechar um acordo político esta sexta-feira, mas a cimeira deverá prolongar-se, ao nível técnico, de modo a que fiquem concluídos os textos com os pormenores. 


Copenhaga é o apogeu de dois anos de conversações, no âmbito da ONU, sobre alterações climáticas e o documento que deverá substituir o Protocolo de Quioto.

“Há opiniões e perspectivas muito divergentes sobre como devemos solucionar o problema. Daremos o nosso melhor até aos últimos minutos desta conferência”, afirma o Primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, acrescentando que “nem há acordo sobre o nome a dar ao texto final – declaração, comunicado, o que for”.
A declaração política deverá, ao que tudo indica, indicar dois caminhos a seguir: prolongamento do Protocolo de Quioto para depois de 2012 e cooperação a longo prazo, com financiamento dos países em vias de desenvolvimento. 

Os textos técnicos irão definir percentagens de emissões a reduzir, prazos, formas de verificação e valores concretos da ajuda financeira – a proposta mais forte em cima da mesa fala num fundo de 100 mil milhões de dólares por ano, com participação norte-americana. 

A manutenção de Quioto é uma exigência dos países mais pobres, que querem metas vinculativas para os mais ricos. Ficam em aberto as novas percentagens.


Obama chega a Copenhaga
 

O Presidente dos Estados Unidos chega à capital dinamarquesa por volta das 7h00 e fará uma intervenção cerca das 9h00. 

Tem encontros bilaterais agendados com os Presidentes da Rússia e do Brasil e com o Primeiro-minist.o chinês. 

Quanto a Portugal, José Sócrates participa nas sessões de hoje e regressará a Lisboa ao final da tarde. Ontem, o Primeiro-ministro português afirmou, numa declaração aos jornalistas, acreditar ainda num entendimento, com a Europa a liderar.





Não pode haver “meio-acordo” em Copenhaga - Sócrates

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Posted by Renascença | Posted in , | Posted on 20:46


Não pode haver um “meio-acordo” em Copenhaga, que vincule apenas alguns países no combate às alterações climáticas e deixe outros de fora. A mensagem foi deixada pelo Primeiro-ministro português na Cimeira de Copenhaga.
No discurso perante os participantes no encontro, José Sócrates afirmou que não seria aceitável um acordo em que as responsabilidades não sejam partilhadas.

“Precisamos de metas vinculativas de reduções de emissões para todos os países desenvolvidos. Precisamos de acção por parte dos países em desenvolvimento mais avançado. Precisamos de financiamento apropriado para impulsionar o acordo. E todos precisamos de regras claras de verificação internacional para fomentar a confiança. O que não precisamos, caros colegas, é um acordo que seja vinculativo apenas para parte de nós. Esse acordo não iria resolver o problema do clima, nem seria justo ou aceitável” – afirmou Sócrates.

O Primeiro-ministro apelou assim a um entendimento na cimeira: “Definitivamente é tempo para um acordo sobre alterações climáticas. Todos sabemos que, por baixo de cada problema ambiental, está a questão de como distribuir os recursos do mundo. Mas as alterações climáticas não são apenas uma problema de nações ricas ou pobres. Neste jogo, não há vencedores ou perdedores ao mesmo tempo, mas apenas vencedores, ou apenas perdedores. Transformemos esta cimeira e esta conferência numa grande vitória” – acrescentou.




O Primeiro-ministro garantiu ainda o empenho de Portugal num futuro acordo para o combate às alterações climáticas e declarou que Portugal está preparado para aumentar a redução das suas emissões de 20 para 30% até 2020, caso a União Europeia aceite esta meta ambiental.


De acordo com Sócrates, análises independentes "demonstram bem o esforço que Portugal tem feito no domínio das energias renováveis, na redução de emissões, na eficiência energética e na utilização do fundo de carbono para a promoção de uma economia mais verde".

 "Muitos falaram no fundo de carbono, mas foi o anterior Governo que o fez sair do papel. O fundo de carbono era um compromisso nosso e tínhamos de o pôr em vigor, disponibilizando-o como um instrumento para a promoção de uma economia mais amiga do ambiente", declarou.

José Sócrates acrescentou depois estar "tranquilo" face ao cumprimento do protocolo de Quioto por Portugal, alegando que os dados disponíveis indiciam essa conclusão.

“Portugal está profundamente empenhado no combate ás alterações climáticas a favor da sustentabilidade. Acreditamos que é possível ver as nossas economias crescer de uma forma mais eficaz, inteligente e limpa. Acreditamos em tirar proveito dos benefícios da inovação nesta transição para um economia para um futuro com baixo carbono, e acreditamos que isso é possível num espírito de cooperação internacional aumentada e solidariedade para com aqueles que sãos mais vulneráveis”.

Mais logo os chefes de Estado e de Governo vão estar reunidos num jantar em Copenhaga e admite-se que as negociações sobre o clima se prolonguem durante a noite fora.
O encerramento da Cimeira está marcado para amanhã.





Governantes apelam a esforço renovado em Copenhaga

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Posted by Renascença | Posted in , , | Posted on 15:50


Perante os sinais que apontam para o eventual fracasso das negociações na Cimeira de Copenhaga, vários líderes mundiais fizeram apelos a para um redobrado esforço na concretização de um acordo global no quadro das alterações climáticas.

O Primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, sublinhou que a cimeira não pode ser uma oportunidade perdida.“A todas as nações digo: Não é suficiente fazermos o mínimo. A História pede que demos o melhor de nós. Aquilo que podemos atingir juntos é muito mais do que o que podemos atingir sozinhos. Porque, para todos nós e para os nossos filhos não existe interesse maior do que futuro comum deste Palneta.

José Luis Rodriguez Zapatero, chefe do Governo espanhol, defendeu uma “nova era energética” e salientou que será “absurdo” esperar mais por um acordo climático global.

O Primeiro-ministro espanhol pediu “um acordo justo aqui e agora”. (...)Nem os Estados Unidos nem a China podem fugir à sua responsabilidade”.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, acusou as grandes economias emergentes – nomeadamente a China – de fazerem "marcha atrás" na transparência da concretização dos seus compromissos no que respeita às alterações climáticas.

Os Estados Unidos estão prontos a contribuir com 100 mil milhões de dólares (cerca de 69,7 mil milhões de euros) por ano até 2020 no âmbito de um acordo sobre o clima. Sob a condição de que as grandes economias emergentes façam prova de transparência, disse hoje em Copenhaga a secretária de Estado norte-americana.

O Presidente do Brasil considerou que seria "moralmente injustificado" e "politicamente irracional" se interesses "corporativos" de blocos regionais se sobrepusessem ao bem comum na luta contra as alterações climáticas.

Lula da Silva frisou que o seu país chegou a Copenhaga "determinado em obter resultados ambiciosos" de curto, médio e longo prazo na luta contra as alterações climáticas, mas deixou algumas advertências ao grupo dos países desenvolvidos. "A ambição tem de ser partilhada. Não seria politicamente racional, nem moralmente justificado colocar interesses corporativos acima do bem comum das humanidade".

Delegações de 192 países estão reunidas até sexta-feira em Copenhaga naquele que é já considerado o maior e mais importante encontro de sempre sobre o clima. O objectivo é chegar a um consenso em relação a um texto para um acordo legalmente vinculativo, que concretize os objectivos necessários para assegurar que o aquecimento global não será superior a dois graus centígrados em relação à era pré-industrial.
Reportagem audio aqui






Copenhaga: Negociações com novo fôlego

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Posted by Renascença | Posted on 13:10

As negociações voltaram a andar, depois de um impasse, considera o chefe da secção de Alterações Climáticas da ONU, Yvo de Boer.

“A conferência encontra-se agora numa altura crítica e já concordámos em como iremos proceder”, adiantou, por seu lado, o Primeiro-ministro dinamarquês, Lars Rasmussen, acrescentando: “Confiamos agora na boa vontade de todas as partes para dar o passo extra e chegar ao acordo esperado”.

Os congressistas concordaram com a proposta de Rasmussen de dividir as negociações em duas vias: uma que olhe para os próximos compromissos a assumir pelos países desenvolvidos, à excepção dos EUA, para cortar as emissões até 2020 e uma outra que se dedique a analisar a maneira de conseguir que todos os países reduzam as alterações climáticas.

A ministra dinamarquesa Connie Hedegaard, que liderou até quarta-feira as negociações, irá presidir a ambos os debates.


Rasmussen desiste de novo texto para alcançar consenso

Ao final da manhã, o Primeiro-ministro dinamarquês revelou ter deixado cair a hipótese de apresentar um novo texto para forçar um acordo global.

Lars Rasmussen explicou que essa possibilidade foi contrariada pelos países em vias de desenvolvimento, sendo que os negociadores dos 193 países participantes consideram existirem textos suficientes das Nações Unidas para delinear um acordo.


China renova empenho num acordo

O embaixador chinês na Cimeira de Copenhaga sublinhou hoje que Pequim não desistiu de se alcançar um acordo sobre as alterações climáticas, contrário do que foi divulgado nas últimas horas.

“Não se donde surgiram esses rumores, mas posso assegurar que a delegação chinesa veio para as conversações de Copenhaga com esperança e ainda não desistiu”, afirmou Yu Qingtai à agência Reuters, à margem da conferência.

“Copenhaga é demasiado importante para falhar”, acrescentou.

Esta reacção surge depois de fonte de uma delegação do Ocidente envolvida nas negociações ter afirmado que a China teria transmitido aos outros participantes o seu cepticismo face a um acordo que combata o aquecimento global.

A fonte em causa, que pediu o anonimato, afirmou à Reuters que a delegação chinesa sugeriu, como alternativa, a divulgação de uma “pequena declaração política”.

"A China não está interessada em tornar-se parte do esforço de algumas pessoas em culpar outros países pelo falhanço em Copenhaga”, reagiu ainda o embaixador chinês.





Copenhaga: Dulce Pássaro ainda acredita num acordo

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Posted by Renascença | Posted on 08:04

A ministra do Ambiente revela à Renascença que ainda acredita num acordo global para as alterações climáticas, em Copenhaga.

“Continuo a achar que [o acordo é possível], nesta fase com uma perspectiva menos positiva do que já estive, mas estamos todos confiantes de que possa haver um acordo fundamental para a sobrevivência do planeta”, admite Dulce Pássaro.



“Com o envolvimento de Primeiros-ministros e com um dia pela frente, ainda estamos expectantes relativamente a uma possibilidade de acordo”, reforça. 

Na cimeira das Nações Unidas sobre o clima, a decorrer na capital dinamarquesa, as negociações continuam difíceis e ainda falta, por exemplo, definir as metas de redução de emissões de dióxido de carbono.


O acordo que decorrer desta cimeira deverá substituir em pleno o Protocolo de Quioto, que acaba em 2012.






As nuvens negras sobre a cimeira do clima.

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Posted by Renascença | Posted on 10:28

Copenhaga vive um clima pesado. As negociações estão num impasse a vários niveis. Por um lado por causa dos Estados Unidos: a delegação norte-americana não concorda com as metas de redução de emissões para 2020 estabelecidas na proposta de acordo, que prevê uma redução de 25 a 40 por cento face aos valores de 1990. Por outro lado, os países africanos permanecem irredutíveis e não consideram suficiente a proposta ao nível das ajudas aos países mais pobres. E o G77, grupo que junta os países em desenvolvimento, entende que muitos dos aspectos do rascunho de um acordo não estão prontos para serem postos na mesa dos lideres politicos, e que é necessário mais trabalho técnico.
Dos líderes que já estão em Copenhaga, as palavras mais duras vieram para já do primeiro-ministro britânico. Gordon Brown afirmou que um falhanço em chegar a acordo pode dar origem a uma catástrofe económica no mundo equivalente ao impacto das duas Guerras Mundiais e da Grande Depressão no século passado. Já esta manhã, Brown avisou que a ausência de um acordo tem repercussões sérias a vários niveis nas relações internacionais, e não apenas no dossier climático. O chefe do governo britânico admite que há muitos obstáculos a ultrapassar no encontro, mas garantiu o empenho dos principais lideres dos países desenvolvidos. O problema é que o tempo não corre a favor dos decisores politicos...





Copenhaga no Página Um

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Posted by Renascença | Posted on 17:49

O ponto de situação nas negociações, o caos logísitico da Cimeira e os impactos estimados das alterações climáticas na Península Ibérica estão no Página Um de hoje. Pode conhecer também o que tem tudo isto a ver com a Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz.
Leia aqui o Página Um





Cimeira em fase crucial com progressos insuficientes

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Posted by Renascença | Posted on 15:53

A Presidencia da Conferencia admite que esta é uma fase crucial da cimeira. À beira da entrada em cena dos Ministros do Ambiente, os progressos alcançados são ainda insuficientes nas três áreas centrais do acordo que se pretende assinar na sexta-feira.
E tudo encrava no dinheiro. Falta definir o financiamento de longo prazo para que os paises em desenvolvimento, incluindo China e India, possam lidar com os impactos das alterações climáticas.
Numa segunda área, os paises ricos querem que os mais pobres também contribuam, à sua medida e de forma significativa, para a redução de emissões. Aqui, é preciso criar um mecanismo com critérios aceites por todos para a medição das emissões – no fundo quais os termos de comparação e se a unidade de medida tem em conta o Pib per capita ou até a população do país.
Ligado a isto, o terceiro objectivo é para todos – chegar a metas ambiciosas de redução de emissões.

Amanhã começa formalmente o segmento de alto nivel com Ministros do Ambiente, que já hoje á noite arranca com discursos de abertura. São eles que vão desenhar o acordo politico que poderá ser assinado na Sexta-Feira por cerca de 120 chefes de Estado e de Governo de todo o mundo. Não será um tratado, mas previsivelmente, apenas o melhor que se consegue nesta altura.





O Ambiente no centro da Mensagem do Dia Mundial da Paz

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Posted by Renascença | Posted on 15:41

O Vaticano apresenta nesta Terça-feira a mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2010, desta feita intitulada "Se queres a paz, cuida da criação". O Papa fala numa crise ecológica e na necessidade de enfrentá-la globalmente. Leia a noticia aqui. E aqui a Mensagem (em italiano).





Hillary Clinton: "Estados Unidos estão a bordo"

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Posted by Renascença | Posted on 15:31

Hillary Clinton assina hoje um artigo no New York Times onde apela a um acordo global em Copenhaga.
Leia aqui





UE tenta salvar Copenhaga

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Posted by Renascença | Posted on 10:17

A União Europeia e os restantes participantes na Cimeira de Copenhaga estão em maratona negocial desde a última noite, para tentar chegar a um acordo entre os Estados Unidos e dos países pobres.

A União Europeia tem todo o interesse em construir pontes e estamos a trabalhar nesse sentido”, refere Nuno Lacasta, negociador-sénior português em Copenhaga.

“Também não quero negar o facto de estarmos perante discussões complexas e difíceis. Não quero menorizar essa parte”, sublinha, adiantando que os 27 querem “debater os diferentes assuntos” e “ser capazes de sair de Copenhaga com uma situação que seja consensual”.

“Precisamos de um acordo global, abrangente e ambicioso”, destaca ainda Lacasta.


Leia e ouça aqui





Pedro Martins Barata: “Ninguém quer um acordo fraco”

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Posted by Renascença | Posted on 09:57

Pedro Martins Barata, negociador português em Copenhaga e membro do Comité Executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, defende que é preferível criar as condições em Copenhaga para que seja possível aprovar um acordo reforçado sobre o clima em 2010. ouvir aqui a entrevista


Já foi admitido à partida que não vai sair de Copenhaga um acordo jurídico, mas no máximo uma espécie de entendimento ao nível politico. Isso é suficiente?

O clima não fica pior por adiarmos a constituição do regime climático um ano, desde que as metas definidas sejam mais eficazes, que o sistema seja mais robusto e que os volumes de financiamento acordados sejam efectivamente maiores. Se quisermos pressionar para haver um acordo em Copenhaga corremos o risco de termos um acordo que é muito menos ambicioso e, por consequência, que cumpre menos aquilo que é necessário. E o que é necessário é um entendimento que instaure um regime climático que nos permita atingir metas de redução muito mais fortes e muito mais ambiciosas do que aquelas que temos actualmente.

Há o exemplo do Protocolo de Quioto, que deixou de fora aquele que era na altura o maior poluidor mundial…

Exacto. Ninguém quer uma repetição de Quioto, com um acordo fraco ou um acordo que até possa ser muito ambicioso, mas em que os EUA roam a corda. Temos de ser realistas e tentar ver o que é que pode ser, efectivamente, conseguido em Copenhaga, mas não vamos seguir a via de ter um entendimento negocial, total e completo, se isso impedir a possibilidade de um acordo mais ambicioso daqui a seis meses ou um ano.
Aquilo que vai ter de ser feito é criar um espaço para todos respirarmos fundo. Por exemplo dar possibilidade aos EUA para, internamente, irem mais longe e conseguirem definir bem a sua política doméstica de alterações climáticas. [A legislação está neste momento empatada no Senado.]

É por isso que Obama não leva uma proposta mais ambiciosa a Copenhaga?

É preciso rever a história. O Protocolo de Quioto foi assinado pela administração Clinton, mas um mês ou dois antes, o Senado tinha dito, de forma absolutamente clara e com uma votação totalmente unânime (96% dos votos), que os EUA não iriam ratificar um protocolo em que a China e a Índia, os países emergentes, não tivessem responsabilidades. O tempo mudou, as prioridades mudaram, mas esta administração Obama está perfeitamente ciente - até porque muitos dos negociadores actuais são os negociadores dessa Era Clinton - de que não quer repetir o erro. Quer ter um mandato negocial forte que lhe seja dado pelo Congresso, através de uma política doméstica já perfeitamente montada.

O que é que deve constar então de um eventual acordo em Copenhaga?

Neste momento é preciso condensar, de tudo aquilo que está cima da mesa, as mensagens mais importantes que Copenhaga tem de ter. Provavelmente estabelecer uma meta global a longo prazo para 2050, uma meta de médio prazo para 2020, e criar uma extensão do actual processo negocial, que nos permita chegar a meados do próximo ano ou, eventualmente, à próxima conferência em Novembro, no México, com uma nova disponibilidade para negociar.


Porque é que foi tão demorado para a União Europeia chegar a um acordo sobre o pacote financeiro para os países em desenvolvimento?

A União Europeia mudou desde o Protocolo de Quioto para cá. A UE negociou Quioto como um bloco de 15 países, todos eles diferentes em termos de estado de desenvolvimento. Na altura, Portugal era o país mais pobre. Hoje, temos oito países substancialmente mais pobres do que Portugal. Nesse sentido, quando se pede um esforço de financiamento acrescido e muito superior àquilo que foi negociado no Protocolo de Quioto, é natural que haja resistências, ainda para mais numa época de crise económica e financeira. E essa relutância é ainda mais acrescida por parte desses novos países.

O objectivo proposto pelos países desenvolvidos é um aumento da temperatura que seja no máximo de 2ºC até ao final do século. Mas isso será suficiente?

De facto a Aliança dos Pequenos Estados Ilha, que também está presente em Copenhaga, tem argumentado, e com sucesso, que mesmo a meta mais ambiciosa dos países desenvolvidos para eles é uma condenação à morte! Porque os 2ºC muito provavelmente vão resultar no degelo da calote polar do Árctico, e só isso pode provocar uma subida do nível mar que para alguns dos países com cotas mais baixas representa o fim. Temos situações de ilhas do Pacífico em que, a nível internacional, foi já pedido o estatuto de “refugiado climático”. São arquipélagos inteiros. São dezenas e, nalguns casos, centenas de milhares de pessoas que vivem em países que podem estar em perigo.


Isso quer dizer que o debate político está assente sobre dados desactualizados?

Infelizmente, a ciência está a evoluir mais depressa do que o próprio processo político. Isto tem implicações, porque considero que o próprio processo político tem de mudar. Temos um processo político em que, de ano a ano, reunimos a nível ministerial. Temos actualmente um regime climático que é pensado a 5 ou 6 anos, e temos de pensar num regime climático a 20 ou 30 anos. Para isso precisamos de ter uma fórmula para rever periodicamente - e mais vezes do que aquilo que temos feito - as nossas próprias metas. Isto para perceber se aquilo que tínhamos pensado que era o consenso científico há três anos ainda se mantém.





E os Estados Unidos ?

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Posted by Renascença | Posted on 06:15

Os Estados Unidos estão empenhados num acordo climático. Todd Stern, chefe da delegação norte-americana em Copenhaga, espera que quando Obama chegar - na próxima sexta-feira - quase tudo esteja fechado. "Há um desejo alargado de que os assuntos sejam resolvidos a nível ministerial, e não sejam empurrados mais para cima na hierarquia. Mas penso que é inteiramente possível que haja um ou dois assuntos que necessite do envolvimento dos lideres, mas do nosso ponto de vista estamos confortáveis com isso, se isso vier a acontecer",disse Stern em Copenhaga.






Copenhaga no Página Um

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Posted by Renascença | Posted on 17:47

No Página Um de hoje, as últimas da Cimeira, a posiçãod a Igreja e a entrevista ao negociador português Pedro Martins Barata.


leia aqui a Edição de hoje





Regresso à mesa negocial

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Posted by Renascença | Posted on 15:59

Em Copenhaga, afinal os países africanos vão retomar as negociações sobre o clima, isto depois de terem obtido garantias de que o documento final irá ter pontos ligados ao ainda em vigor protocolo de Quioto.


O abandono das negociações por parte do grupo dos G77 – como são chamados os países em vias de desenvolvimento – causou um dos momentos mais tensos da cimeira da ONU sobre o clima.

A manutenção do modelo do protocolo de Quioto, cuja primeira fase expira em 2012, tem sido um dos principais pontos de tensão.

Os países pobres insistem numa segunda fase com emendas ao protocolo pós 2012, enquanto que do lado dos países mais ricos a insistência em Quioto, um protocolo que os Estados Unidos nunca ratificaram, pode ser problemática.

O grupo acabou por regressar às conversações depois de ter recebido a garantia por parte do responsável máximo da ONU pelas negociações climáticas, Yvo de Boer, de que o Protocolo de Quioto vai ser mantido.

“Penso que esta não é uma preocupação apenas dos africanos. Penso que a grande maioria dos países aqui presentes deseja a continuação do Protocolo de Quioto. Aliás, penso que o retomar das consultas irá começar pelo Protocolo de Quioto” - sublinhou Yvo de Boer.

Quanto ao papel que as várias manifestações pró-ambiente podem ter nas negociações na Cimeira de Copenhaga, Boer diz que “têm certamente impacto”.

“Eu próprio participei num maravilhoso evento o “Domingo com Desmond Tutu” e penso que estes eventos incentivam bastante os líderes a vir a Copenhaga não para conversar mas para agir e assinar um acordo robusto no final desta sessão”, acrescentou.





Paises pobres abandonam negociações

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Posted by Renascença | Posted on 13:14

É o regresso das divergências entre pobres e riscos. O G77 - grupo que junta os paises em desenvolvimento - decidiu abandonar as negociações desta manhã na Cimeira de Copenhaga. As primeiras indicações apontam para um desagrado dos países pobres com um possivel abandono das negociações no quadro do Protocolo de Quioto. Estes países sustentam que aquele instrumento não deve ser abandonado, uma vez que impõe reduções de emissões de CO2 vinculativas aos paises mais ricos, ou seja, aos maiores poluidores. Um dos pontos em aberto em Copenhaga é a manutenção do modelo do Protocolo de Quioto, cuja primeira fase de cumprimento expira em 2012. Os paises pobres insistem numa segunda fase, com emendas ao protocolo pós-2012. Do lado dos países ricos, a insistencia em Quioto pode causar uma outra dor de cabeça - é que os EUA querem esquecer o Protocolo que nunca ratificaram. E um tratado climático sem os norte-americanos será sempre mais fraco. Para já em Copenhaga o clima está agitado com reuniões sucessivas. Resta aguardar pelo início da tarde para perceber se o abandono das negociações é para manter...





Copenhaga – a posição da Igreja

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Posted by Renascença | Posted on 13:12

A Igreja preocupa-se com o ambiente sem se comprometer com os aspectos mais políticos da discussão, explica o Secretário-geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa.
para ler aqui





Os dois rascunhos do acordo de Copenhaga

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Posted by Renascença | Posted on 09:41

Em Copenhaga, as negociações prosseguem em dois carris.
Um deles é o da definição de um acordo climático que inclui países que não fazem parte do Protocolo de Quioto. O "chapéu" é o da Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas cujas partes signatárias (reunidas em Copenhaga  na COP -Conferência das Partes) tentam aprofundar.

O rascunho do acordo ( incluindo entre parentesis o que está para ser decidido ) pode ser lido aqui.

O outro carril diz respeito às negociações no âmbito do Protocolo de Quioto, que exclui os EUA e se concentra nas reduções de emissões dos paises desenvolvidos.

O rascunho do acordo ( incluindo entre parentesis o que está para ser decidido ) pode ser lido aqui





Copenhaga em debate na RR

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Posted by Renascença | Posted on 19:05

A Cimeira de Copenhaga foi o tema da Edição Internacional, com Madalena Resende, investigadora do IPRI – Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa - e Bernardo Pires de Lima, analista residente desta emissão. Edição de José Bastos.

Ouça aqui de novo este debate





Nós, o ambiente e as empresas

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Posted by Renascença | Posted on 19:03

Vale a pena voltar a ouvir a reportagem de Paulo Ribeiro Pinto e o debate moderado por Marina Pimentel e protagonizado pelo painel residente constituído por Maria José Nogueira Pinto, João Ferreira do Amaral e Hermínio Rico.
Para ouvir de novo o "Espaço Aberto", clique aqui





Manif Copenhaga (3 )

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Posted by Renascença | Posted on 18:26

Cerca de 500 pessoas foram já detidas este sábado em Copenhaga durante uma manifestação.
Os detidos são vários jovens que, vestidos de negro e de cara tapada, estavam a destruir montras e a partir janelas no centro da cidade.


Ao mesmo tempo, cerca de 30 mil pessoas terminaram, na última hora, o protesto para sensibilizar os líderes mundiais em relação à urgência de um acordo justo que permita salvar o planeta.
Presentes estiveram também alguns portugueses, como Tiago Tavares, da Fundação Evangelização e Cultura, que afirma não se ter apercebido de quaisquer desacatos.

A iniciativa foi planeada para 130 cidades em todo o mundo.

Ouvir e ler aqui





Manif Copenhaga ( 2 )

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Posted by Renascença | Posted on 14:25

Trinta mil pessoas estavam hoje concentradas no centro de Copenhaga para iniciar uma manifestação à margem das negociações climáticas, segundo uma estimativa da polícia dinamarquesa.


"Estimamos o número em cerca de 30 mil, mas não passa de um cálculo", declarou um oficial de serviço.


A cadeia de televisão dinamarquesa TV2 News falava que o número de manifestantes se situaria entre "30 000 e 100 000 manifestantes".

O director da Greenpeace International, Kumi Naidu, afirmou na tribuna que os manifestantes totalizavam 100 mil.

Enquanto os manifestantes se dirigiam em direcção ao Bella Center, local das negociações, os organizadores reiteraram os apelos à calma.

Um dos temas dominantes desta manifestação, a uma semana da eventual conclusão de um acordo na luta contra o sobreaquecimento climático, com a presença de 110 chefes de Estado, é a reivindicação de um acordo justo e equitativo para os mais pobres e para os mais vulneráveis.





Manif Copenhaga ( 1 )

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Posted by Renascença | Posted on 12:00

A polícia da Dinamarca espera qualquer coisa como 50 mil pessoas, admitindo que o número possa subir até aos 60 mil. Todos os agentes disponíveis foram destacados para o patrulhamento da capital, já que há a ameaça de distúrbios graves, nas ruas.

Entrevistado pela Renascença, Rasmus Skovaagard, porta-voz da polícia garante que não vão deixar que tal aconteça.




Stine Gry é a porta-voz da Climate Justice Action, uma das Organizações Não Governamentais que participam na marcha. Querem dizer ao mundo o que está mal e lançar uma mensagem do que podem ser as soluções para o futuro do planeta: “Vamos juntar-nos à grande marcha que vai desde a Praça do Parlamento até ao Centro de Conferências. Queremos focar a mensagem no que pensamos serem as soluções certas em oposição às soluções falsas em que as negociações se transformaram até agora”.





Filipe Duarte Santos: " falta transparência na utilização dos dados climáticos"

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Posted by Renascença | Posted on 18:50

O coordenador do primeiro estudo sobre alterações climáticas acredita que 2010 trará o tratado que será precedido do acordo político em Copenhaga. O Professor Catedrático de Física comenta o Climate Gate e levanta dúvidas sobre a transparência na recolha dos dados observados em estações meteorológicas. Mas nada disso abala o que a ciência já concluiu de forma quase unânime sobre a causa antropogénica do aquecimento global.

RR: Os nomes envolvidos no chamado "Climategate" não são propriamente desconhecidos. São cientistas com grande nomes na ciência climática. Causou danos à ciência ?
FDS: Penso que tem havido alguma falta de transparência no que respeita à utilização dos dados climáticos que permitem calcular a temperatura média global e a sua evolução. Esses dados devem estar acessíveis para que qualquer grupo de investigação possa efectivamente fazer cálculos a partir deles. Uma coisa são os dados, outra são as conclusões que se tiram a partir deles. E para escrutinar essas conclusões temos um sistema de arbitragem, por pares, nas publicações em revistas científicas. Eu creio que este caso vai melhorar a forma como se faz ciência no futuro, no que respeita à parte climática e meteorológica, a partir das séries climáticas. Vai permitir tirar conclusões sobre como está a evoluir a temperatura média global, a precipitação, enfim todos os parâmetros.
O IPCC - Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas - tem uma síntese muito boa. E aquilo que efectivamente se sabe, e que está contido nos dados, é que há uma tendência de aumento da temperatura média global,. E que essa tendência não se interrompeu no final do século passado, continua no século XXI. Há de facto mais estudos, mais investigação a fazer. Agora, temos que utilizar o princípio da precaução, porque estamos perante um risco muito significativo. Apesar de não termos um conhecimento completo de como funciona o sistema climático, temos que precaver uma mudança climática que seria muito gravosa, sobretudo para os países mais vulneráveis.

RR: Portanto, não põe em causa o adquirido ?

FDS: Não ponho em causa o adquirido ! Tem havido um escrutínio profundo de tudo aquilo que foi publicado em boas revistas de investigação na área do clima. Têm-se colocado todas as hipóteses que os centros de investigação têm fornecido. Evidentemente, há sempre incerteza, podem sempre colocar-se outras hipóteses. Mas o facto é que, por exemplo, as variações que têm sido observadas na radiação solar não são uma explicação alternativa para o que se tem observado em relação ao clima. Temos que entender que algumas actividades humanas estão a modificar a composição da atmosfera. Estamos a aumentar a concentração dos gases com efeito de estufa, em especial do dióxido de carbono, do metano e do óxido nitroso. Isso é algo que se mede, algo que é muito objectivo. Sabe-se que esse excesso de dióxido de carbono na atmosfera - o carbono nessas moléculas - tem origem nos combustíveis fósseis. Isso é algo que está muito bem documentado, porque tem a ver com a composição isotópica desse carbono. Sabe-se inclusive que o aumento da concentração do CO2 na atmosfera está relacionado com um ligeiríssimo, mas observável declínio da concentração do oxigénio que foi necessário combinar-se com o carbono para formar a molécula de CO2. Portanto tudo isso é muito robusto do ponto de vista científico. E de facto, tudo indica que se, tal como no passado recente, continuarmos a depender dos combustíveis fósseis e a desflorestar ao ritmo que se está a fazer, vamos ter alterações climáticas cada vez mais gravosas.

RR: Acredita num acordo em Copenhaga ?
FDS: Estou convencido que vamos continuar a negociar. Provavelmente só no próximo ano no México é que teremos um acordo vinculativo de carácter global. Já não é mau um acordo político. Penso que os líderes políticos que vão estar reunidos em Copenhaga não se podem dar ao luxo de não chegar a algum grau de entendimento em relação a esta questão.





Francisco Ferreira : "Portugal vai precisar de um plano a dez anos"

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Posted by Renascença | Posted on 18:45

Veterano das conferências climáticas, Francisco Ferreira está em Copenhaga na delegação da Quercus, uma ONG que tem estado sempre integrada nas delegações da sociedade civil. Reflectindo sobre os possíveis resultados da cimeira, o histórico dirigente da Quercus diz que Portugal vai ter que fazer várias revoluções para cumprir as proximas metas. Mas há também que explicá-las. Para já, as ONG's estão preparadas para um cenário de acordo político em Copenhaga.


RR: Para as ONG's um acordo político é um mal menor ?
FF: Penso que em todas as conferências as associações têm apostado num mal menor. Uma negociação é sempre um mal menor, nunca as partes ficam completamente satisfeitas.

RR: As ONG's não vão pedir o impossível em Copenhaga ?
FF: As ONG's vão pedir aquilo que acham que devem pedir. Vão pedir efectivamente aquilo que, com base na ciência, sabemos que deve ser pedido. Claro que, como já dizem alguns peritos, há o eterno dilema de que mais vale a pena não haver um acordo - para forçar um mais ambicioso - do que ter um acordo extremamente frágil e longe das metas. Há aqui três palavras que para nós são cruciais: é preciso um acordo justo, ambicioso e vinculativo. Menos que isto, é um mau acordo. Se for suficientemente claro em termos das metas a atingir, dos financiamentos, das acções dos países em desenvolvimento, da protecção da floresta, se no fundo faltarem aspectos residuais, esperando pouco pelos Estados Unidos para o concretizar, aí penso que esse não é o problema. Exceptuando o facto de estarmos a três anos de terminar o primeiro período de comprimento do Protocolo de Quioto.

RR: E Portugal vai conseguir cumprir as novas metas europeias ?

FF: Em nosso entender, a União Europeia deve efectuar uma redução de 30% das suas emissões entre 1990 e 2020, principalmente à custa de medidas internas. Se isso suceder, precisamos de uma revolução energética e comportamental, da mentalidade de quem nos governa. As contradições têm que terminar. Nós continuamos a ter o recorde nos veículos mais eficientes e o recorde na oferta de auto-estradas e no número de quilómetros que acabamos por percorrer para transportar mercadorias e passageiros no modo rodoviário. Uma revolução energética é absolutamente fundamental ao tornarmo-nos menos dependentes dos combustíveis fósseis. E não é na electricidade, é na energia como um todo. Isso obriga-nos a reduzir consumos drasticamente, a mudar o nosso modo de vida, e não é a aposta nas renováveis que resolve , nem as barragens que representam 3% da electricidade. É algo muito mais ambicioso e sério. Precisamos de uma revolução comportamental, porque a população tem que perceber que há mudanças para fazer já. Estamos a 10 anos de ter que viver com uma fatia bastante maior de energias renováveis do que aquela ( 31%) que já temos neste momento fixada, se a redução for de 20%. As implicações sociais e ambientais serão por certo extremamente positivas. Mas há que explicar e saber discutir esta revolução. Se a União Europeia decidir avançar com 30%, 2010 obrigar-nos-há a fazer um plano a dez anos, como se calhar nunca conseguimos fazer em termos de energia, de comportamentos e de investimentos.





Copenhaga no Página Um

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Posted by Renascença | Posted on 18:26

Hoje:

- as propostas de Bruxelas e as que se discutem em Copenhaga.
- o Diario da primeira semana de Cimeira do Clima
- O Climategate explicado e a opinião de Filipe Duarte Santos.
- Francisco Ferreira: " Portugal precisa de um plano a dez anos".

Leia aqui a edição de hoje do Página Um





Climategate

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Posted by Renascença | Posted on 18:21

O termo tem sido usado para classificar a polémica em torno da divulgação de mensagens de correio electrónico pirateadas de um servidor da Unidade de Investigação Climática (CRU) da Universidade de East Anglia, no Reino Unido. Este é um dos centros de investigação climática mais avançados do mundo e os dados ali trabalhados são utilizados para numerosos relatórios das mais importantes instituições mundiais ligadas à climatologia.



O CRU colaborou na elaboração do quarto relatório do Painel Intergovernamental das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (IPCC), publicado em 2007, o documento que serve de base às negociações sobre o clima em Copenhaga.

Terão sido descarregados mais de mil emails trocados entre 1996 e 2009 não só entre membros do CRU, mas também com outros investigadores em todo o mundo. Este material foi divulgado na Internet a 17 de Novembro deste ano. A Universidade de East Anglia confirmou a veracidade das mensagens divulgados.

Que impacto está a ter na comunidade científica ? E no debate de Copenhaga ?
clique aqui para saber mais





A encruzilhada interna de Obama

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Posted by Renascença | Posted on 18:09


Tem sido um dos maiores problemas para Barack Obama ao nível da politica climática: como ter uma posição forte e credível em Copenhaga quando não há consenso a nível interno? Agora, esse problema parece estar finalmente a caminho de uma resolução. Mas qualquer solução final só deverá ser aprovada na Primavera do próximo ano, bem depois de Copenhaga…



A questão prende-se como uma proposta de lei sobre o clima empatada há vários meses no Senado, por causa das divergências entre Democratas e Republicanos. Senadores dos diferentes campos partidários chegaram agora a acordo para uma solução de compromisso. Uma das medidas prevê reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 17% por cento até 2020 (abaixo do proposta inicial feita pelo senador democrata John Kerry, que era de 20% por cento). Obama foi previdente. A proposta que os Estados Unidos levaram a Copenhaga já foi feita por baixo, e estabelecida no objectivo mínimo dos 17% (uma meta que já tinha sido aprovada pela outra câmara do Congresso, a Câmara dos Representantes.)



A Casa Branca já saudou o acordo de compromisso obtido por alguns senadores, mas sabe que há ainda muitos pormenores que têm de ser limados até que a lei possa ser aprovada. De qualquer forma, o simples anúncio de um entendimento prévio pode servir para reforçar a posição de Barack Obama, quando chegar a Copenhaga para participar no encerramento da cimeira sobre as alterações climáticas. Para isso ajudou também no inicio da semana o anúncio da Agencia de Protecção Ambiental Norte-Americana, que admitiu formalmente que os gases com efeito de estufa põem em risco a saúde pública. Essa anúncio pode abrir caminho a que esta agência tome medidas regulatórias sobre esta matéria, ainda antes do Senado conseguir chegar a uma decisão.