Copenhaga: primeira semana dia-a-dia

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Posted by Renascença | Posted on 11:56

7 DE DEZEMBRO

- O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, abre a Cimeira de Copenhaga, afirmando que um acordo mundial sobre o combate às alterações climáticas está ao alcance dos negociadores, e que esta é uma oportunidade histórica que não pode ser perdida.
- Climategate: o responsável pelo Painel Intergovernamental das Nações Unidas para as Alterações Climáticas defende que as conclusões cientificas sobre as mudanças no clima, que servem de base às negociações em Copenhaga, não são postas em causa pelo caso da divulgação na Internet de emails de investigadores da Universidade de East Anglia, no Reino Unido.
- Agência de Protecção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos admite que os gases com efeito de estufa prejudicam a saúde pública. O anúncio formal abre caminho a que a EPA possa tomar medidas de regulação quanto às emissões de 6 gases, sem ter de esperar pela decisão politica do Congresso.
- Países em Desenvolvimento responsáveis por 30 por cento das emissões globais (entre eles China, Índia e Brasil) declaram que querem um acordo vinculativo sobre o clima até Junho de 2010.



8 DE DEZEMBRO

- Organização Meteorológica Mundial revela dados que indicam que a última década foi a mais quente desde que há medições fiáveis de temperaturas, e que o ano de 2009 foi o quinto mais quente de sempre.
- Secretário-Geral das Nações Unidas reage ao caso “Climategate”. Ban Ki Moon garante que não está em causa a conclusão científica que as alterações climáticas estão a acelerar e que esse facto deve-se à acção do Homem.
- China diz que as metas dos Estados Unidos e dos outros países ricos para a redução de emissões não são suficientes. Recorda que ficam aquém das metas estabelecidas no relatório do IPCC, que pede reduções entre os 25 e os 40 por cento até 2020 (tendo como referência o ano de 1990).
- O responsável pelo IPCC, Rajendra Pachauri, afirma que uma redução de 20% das emissões até 2020 seria um bom acordo em Copeganha, mas admite que a proposta dos Estados Unidos compromete essa meta.


9 DE DEZEMBRO

- O principal enviado da China insiste que os Estados Unidos devem aumentar proposta de redução de emissões. Os negociadores norte-americanos deixam apenas a promessa de que vão trabalhar no sentido de alcançar um acordo global “robusto”.
- Divulgada versão de rascunho de proposta dinamarquesa que prevê que o Protocolo de Quioto, que termina em 2012, seja revisto e alargado para fazer parte do futuro acordo global sobre o combate às alterações climáticas.
- Estados Unidos garantem que vão contribuir para um fundo global para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar as alterações climáticas. Mas o principal negociador norte-americano avisa que o país entende que não tem obrigação de pagar compensações por ter sido durante muitos anos o maior poluidor mundial.




10 DE DEZEMBRO
- Brasil junta-se às criticas da China: diz que a proposta dos Estados Unidos é insuficiente, e que pode levar outros países ricos a fazerem também propostas pouco ambiciosas para a redução de emissões.
- À margem da entrega do Prémio Nobel da Paz, na Noruega, Barack Obama apela aos participantes na Cimeira de Copenhaga para quebrarem o impasse e procurarem chegar a um acordo.
- Nos Estados Unidos, negociadores no Senado chegam a um princípio de acordo para desbloquear impasse sobre legislação climática.
- Associação dos Pequenos Estados-Ilha garante que mais de 100 países apoiam a meta de limitar o aumento da temperatura em 1,5 ºC até ao final do século. A meta que está fixada neste momento é de 2 ºC . Os estados-ilha alegam que esse aumento coloca em risco a existência de muitos países, por causa da subida do nível da água do mar. Mas mudar a meta para 1,5 ºC exigiria que o corte das emissões por parte dos países ricos fosse muito mais ambicioso do que a proposta que está em cima da mesa: 45 por cento até 2020. Nações Unidas respondem que será quase impossível atingir esse objectivo.


11 DE DEZEMBRO
- União Europeia anuncia verba que vai disponibilizar para o fundo global de ajuda imediata aos países em desenvolvimento.





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