Copenhaga: Negociações com novo fôlego

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Posted by Renascença | Posted on 13:10

As negociações voltaram a andar, depois de um impasse, considera o chefe da secção de Alterações Climáticas da ONU, Yvo de Boer.

“A conferência encontra-se agora numa altura crítica e já concordámos em como iremos proceder”, adiantou, por seu lado, o Primeiro-ministro dinamarquês, Lars Rasmussen, acrescentando: “Confiamos agora na boa vontade de todas as partes para dar o passo extra e chegar ao acordo esperado”.

Os congressistas concordaram com a proposta de Rasmussen de dividir as negociações em duas vias: uma que olhe para os próximos compromissos a assumir pelos países desenvolvidos, à excepção dos EUA, para cortar as emissões até 2020 e uma outra que se dedique a analisar a maneira de conseguir que todos os países reduzam as alterações climáticas.

A ministra dinamarquesa Connie Hedegaard, que liderou até quarta-feira as negociações, irá presidir a ambos os debates.


Rasmussen desiste de novo texto para alcançar consenso

Ao final da manhã, o Primeiro-ministro dinamarquês revelou ter deixado cair a hipótese de apresentar um novo texto para forçar um acordo global.

Lars Rasmussen explicou que essa possibilidade foi contrariada pelos países em vias de desenvolvimento, sendo que os negociadores dos 193 países participantes consideram existirem textos suficientes das Nações Unidas para delinear um acordo.


China renova empenho num acordo

O embaixador chinês na Cimeira de Copenhaga sublinhou hoje que Pequim não desistiu de se alcançar um acordo sobre as alterações climáticas, contrário do que foi divulgado nas últimas horas.

“Não se donde surgiram esses rumores, mas posso assegurar que a delegação chinesa veio para as conversações de Copenhaga com esperança e ainda não desistiu”, afirmou Yu Qingtai à agência Reuters, à margem da conferência.

“Copenhaga é demasiado importante para falhar”, acrescentou.

Esta reacção surge depois de fonte de uma delegação do Ocidente envolvida nas negociações ter afirmado que a China teria transmitido aos outros participantes o seu cepticismo face a um acordo que combata o aquecimento global.

A fonte em causa, que pediu o anonimato, afirmou à Reuters que a delegação chinesa sugeriu, como alternativa, a divulgação de uma “pequena declaração política”.

"A China não está interessada em tornar-se parte do esforço de algumas pessoas em culpar outros países pelo falhanço em Copenhaga”, reagiu ainda o embaixador chinês.





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